Mesa Literária de Abertura
RECICLADORES DE SONHOS
Convidados:
Cristiano Gonçalves Cardoso, Estevão Braga e Kátia Rocha
Acessível em Libras por Rosicleide Ferreira M. Fonseca
A mesa literária “Recicladores de Sonhos” abordará um livro recém-lançado que leva o mesmo título e conta a experiência de vida de mulheres e homens que vivem da reciclagem no Brasil. Trata-se de um bate-papo lindo e inspirador entre o Cristiano Cardoso, presidente da Cooperativa Recifavela, de São Paulo, que é um dos personagens de destaque do livro, juntamente com a Katia Rocha, idealizadora da obra e diretora da Rede Educare, e o Estevão Braga, diretor de sustentabilidade da Ball América do Sul. O livro reúne 30 histórias reais de vida, mostrando a ação heróica de catadoras e catadores como um pilar essencial para manutenção da sustentabilidade e o único caminho para que os recursos naturais não sejam esgotados.
Mesa Literária
COMO IMAGINAR MUNDOS?
Anfitrião: Luã Apyká
Convidados: Davi Kopenawa, Lia Rodrigues com mediação de Trudruá Dorrico
Acessível em Libras por Luiz Fernando Siqueira
E se vivêssemos num mundo onde mundos co-existissem? Onde os homens reconhecessem a humanidade das árvores, dos animais, de todos os seres da floresta? Onde a dança fosse um solo em comum para todas as vidas? Essa mesa é um convite para escutar duas personalidades que pisam o chão suavemente. Um deles é o grande intelectual, xamã e escritor Davi Kopenawa, que vive na pele o mundo Yanomami, um outro mundo, o que mantém a floresta de pé. Junto dele, Lia Rodrigues, bailarina e coreógrafa que, entre muitos trabalhos que mesclam códigos indígenas e afro, adaptou para a dança “A Queda do Céu”, livro que nos apresenta as poderosas palavras do xamã. Na mediação, Trudruá Dorrico, indígena makuxi, especialista em literatura e autoria indígena de Pindorama-Brasil.
Mesa Literária
O REZO DA TERRA
Anfitrião: Luã Apyká
Convidados: Iyá Adriana de Naná, Pai Sidnei Nogueira e Pajé Vanda Domingos
com mediação de Juliane Sousa
Acessível em Libras por Luiz Fernando Siqueira
Aqui os encantados e os orixás nos convidam a cuidar do lugar sagrado da floresta. É nesse lugar que está a cura para a humanidade, ainda muito dispersa de sua origem. Essa mesa é um chamado para olhar para dentro de si, por meio do chão, das folhas, das ervas e dos ventos que sopram, baixinho, nos nossos ouvidos: é hora de voltar para casa. Quem vai nos conduzir nessa jornada é a pajé Vanda Macuxi, que representa a cultura do seu povo como artesã e parteira. Junto dela, Iyá Sandra Adriana de Nanã, que atua na luta pelos direitos humanos e no enfrentamento ao racismo religioso. Completando a roda, entra o Pai Sidnei Nogueira, autor do livro “Intolerância Religiosa”, onde fala de um marco civilizatório, a partir da perspectiva dos saberes africanos. Na mediação, a jornalista Juliane Sousa. E os visitantes da festa participam da roda com o desafio de ouvir ventos que sopram diversos caminhos possíveis.
Mesa Literária
COM QUE OLHOS VEMOS O AMANHÃ?
Anfitrião: Luã Apyká
Convidados: Ana Maria Gonçalves, Lu Ain-Zaila e Natalia Borges Polesso
com mediação de Guilherme Tauil
Acessível em Libras por Matheus Oliveira Martins Custódio
Tem coisa que dá para prever só de olhar para o céu ou para o chão. Mas onde as nossas pegadas vão dar é também um mistério. Nesta roda se encontram três escritoras para falar exatamente sobre isso: como olhar para o futuro da literatura, do Brasil, da vida? E ainda: como escrever sobre ele? Lu Ain-Zaila é uma escritora afrofuturista. Pela ficção científica, ela inventa outros futuros para as populações negras. Natalia Borges Polesso fala do colapso do mundo e das relações no mais recente livro, “A extinção das abelhas”. Ana Maria Gonçalves retratou no clássico “Um Defeito de Cor” passagens fundamentais do passado do Brasil, como a Revolução dos Malês, e, agora, prepara uma ficção científica que se passa em 2064. Com a mediação do Guilherme Tauil, o encontro costura ação e invenção. Nas brechas entre a história e as histórias, como é que a gente sonha?
Mesa Literária
VIAJANTES: CRIAÇÃO EM MOVIMENTO
Anfitrião: Luã Apyká
Convidados: Aretha Duarte, Márcia Mura e João Paulo Cuenca
com mediação de Luciana Araujo Marques
Acessível em Libras por Luana de Lemos Pinheiro
Esse palco reúne três viajantes: uma poeta, um prosador e uma atleta, que vão conversar sobre a criação que desenvolvem em suas jornadas e sobre as expectativas de pisar um novo chão. Márcia Mura é escritora e historiadora. Ela cria a partir dos movimentos de subida e descida de barco pelas águas do rio Madeira, identificando, por meio do canto, o território Mura. Aretha Duarte cria mundos a partir dos passos nas montanhas. É a primeira mulher negra latino-americana a chegar no cume do Everest. A recente biografia dela, “Da sucata ao Everest”, coloca no papel essa trajetória. J. P. Cuenca é um premiado escritor de ficção que viaja o mundo por residências artísticas e festivais literários. Durante a pandemia, reuniu crônicas de viagem no livro “Qualquer Lugar Menos Agora”. A mediação será da crítica e pesquisadora em Teoria Literária Luciana Araújo Marques.
Mesa Literária
O PULSO
Anfitrião: Luã Apyká
Diego Sant'Anna, Julia Mendes, Larissa Ferreira, Marcela Ondei e Nina Dó Ré Mi sabatinam Arnaldo Antunes com mediação de Pedro Melo
Acessível em Libras por Matheus Oliveira Martins Custódio
O que você perguntaria a um dos maiores artistas brasileiros? Por meio de votação popular, cinco autores foram escolhidos para sabatinar Arnaldo Antunes. Além de um show especial para a cidade, o músico, compositor e escritor topou a missão de estar no centro da roda. Com mediação do jornalista Pedro Mello, os autores se revezam nas perguntas para provocar Arnaldo em reflexões sobre a literatura, a música e a vida no Brasil de hoje. E você? O que você perguntaria para Arnaldo Antunes?
Mesa Literária
O BEM-VIVER
Anfitrião: Luã Apyká
Convidados: Leonardo Fróes, Nêgo Bispo, Watatakalu Yawalapiti
com mediação Roberta Martinelli
Acessível em Libras por Luana de Lemos Pinheiro
O chão é sagrado. O chão nos nutre. O chão é coletivo. O bem-viver não é um sonho distante ou algo novo: os povos originários e os povos africanos, que depois em Pindorama, se organizaram como quilombolas, sempre viveram essa perspectiva de forma coletiva. Vamos voltar aos nossos sentidos, ao que eles têm a nos ensinar? Contamos com os mestres e mestras dos saberes da terra. Nego Bispo reflete sobre a falácia da colonização, as consequências dela e apresenta outro mundo possível no livro “Colonização, Quilombos: modos e significados”. A ativista e artista indígena Watatakalu Yawalapiti, que luta pelo protagonismo das mulheres de seu povo, traz essa força para a roda. Já o poeta, naturalista e crítico de literatura Leonardo Fróes, contribui com a poesia inspirada nos saberes da roça. A mediação é da apresentadora Roberta Martinelli, que vai costurar essa conversa inspirada no universo da música.